Last week, there was a full moon at perigee, a phenomenon spread across the globe, but with a term that many astronomers frown upon hearing about: a supermoon. The good thing is that this attention to our natural satellite is an excellent time for us to learn more about the moon.
Until recently, the only lunar cycle known to the general population were its phases. Every 29.5 days, the Moon goes through new, crescent, full and waning phases, due to the difference in sunlight falling on its surface visible here from Earth. Now, to understand why our satellite appears a little larger in the sky during a supermoon, you need to know that it orbits our planet in an elliptical orbit, and therefore, sometimes the Moon is farther from Earth, and sometimes it is closer.
When it reaches its apogee, which is the furthest point from Earth, the Moon is about 406,000 kilometers from Earth, and at its perigee, its closest point, it is about 363,000 kilometers away. These values are average because they actually vary greatly due to the gravitational effects of the Sun and other planets in the solar system. This causes the discrepancy in distances between apogee and perigee to be up to 14%, and thus, during perigee, the Moon can appear up to 14% larger than it did at apogee. If it occurs during a full moon, it will become up to 30% brighter in the sky.
The time it takes the Moon to complete one revolution around the Earth is about 27.3 days. This period is called the sidereal month, and it differs from the synodic month, which is a period of 29.5 days between two consecutive full moons, because since the Earth also revolves around the Sun, the Moon needs a little more time. To provide the same alignment with the sun, and therefore the same phase. The same period of a sidereal month, 27.3 days, is the time it takes our natural satellite to complete one orbit around itself. This is because it is linked to the Earth’s gravity, and therefore from here we always see the same face of the Moon, but it is not always exactly the same face…
Isso por conta de um movimento chamado de “libração”, que é uma espécie de “rebolado” da nossa Lua que nos permite ver um pouco mais dos seus terrenos próximos ao limbo, que são as “bordas da Lua”. A libração ocorre principalmente por dois motivos: a inclinação do seu eixo de rotação e as diferenças de velocidade da Lua enquanto se aproxima e se distancia da Terra.
Existe uma inclinação de 6,7° do eixo de rotação da Lua em torno de si mesma em relação ao seu plano de revolução em torno da Terra. Então, da mesma forma como a inclinação do eixo de rotação da Terra gera as diferenças de insolação responsáveis pelas estações do ano, a inclinação do eixo de rotação da Lua faz com que, ao longo de um mês sideral, possamos observar um pouco mais de sua superfície, ora um pouco além do pólo norte, ora um pouco além do pólo sul lunar. Essa é a chamada “libração latitudinal”, pois nos permite ver diferentes latitudes da superfície lunar.
Mas também há uma “libração longitudinal”, que nos permite enxergar uma porção longitudinal maior da Lua. Devido ao acoplamento gravitacional com a Terra, os períodos de rotação e de revolução lunar são iguais. A Lua leva 27,3 dias para dar uma volta em torno de si e em torno da Terra também. Só que a velocidade de rotação é constante, enquanto a velocidade orbital da Lua varia dependendo de sua proximidade com a Terra.
A Lua viaja ao redor da Terra numa velocidade média de 1 km/s. Mas quando está próxima do perigeu, essa velocidade aumenta entre 6% e 9%. Como a velocidade de rotação em torno de si mesma não aumenta, essa aceleração durante o perigeu nos permite enxergar um pouco mais da sua superfície leste. Já quando ela está próxima do apogeu, sua velocidade diminui cerca de 3%, permitindo enxergar um pouco mais da sua superfície oeste.
O movimento combinado das librações latitudinal e longitudinal, e também da sua aproximação e afastamento da Terra, dá à Lua esse “balançado” que a faz parecer estar rebolando no céu. Mas isso só é perceptível quando condensamos as imagens da Lua feitas em vários dias distintos e observamos em alguns segundos. Para um observador casual, fica difícil perceber essa diferença.
Outra coisa interessante é que a Lua tem forte influência nos movimentos de marés dos nossos oceanos. Mas não só a Lua, o Sol também. Por isso, quando estão alinhados, durante a Lua Cheia ou Lua Nova, as marés são mais elevadas. São as chamadas “marés de cabeça” ou sizígias. E quando isso ocorre durante o perigeu lunar, como as forças de maré aumentam com a proximidade, temos as marés oceânicas mais elevadas ainda. Além da superlua, é claro!
A Lua Cheia é, de fato, muito mais atraente para casais apaixonados, cães e lobos, mas não para os astrônomos. Isso porque quando ela se encontra em sua máxima iluminação, praticamente não se enxerga sombras e são as sombras das crateras que nos permitem compreender um pouco mais do relevo lunar.
Ainda assim, a iluminação mais uniforme de uma Lua Cheia nos permite enxergar com mais clareza as diferentes composições do solo lunar. Com um simples aumento na saturação das cores de uma foto da Lua, percebemos facilmente as diferenças de cores que indicam maiores concentrações de ferro e titânio na superfície lunar.
Perhaps astronomers’ annoyance with the term supermoon exists because the word was coined in astrology, which is a pseudoscience that does not enjoy much credibility in astronomical circles. But no matter what, the fact is that the attention the Moon gains in moments like this can be put to good use to spread real science.